1º de Maio 1974

Fui aos Cigarros

Tabacaria de Álvaro de Campos por João Villaret

25 de Abril

A cada ano que passa celebramos o 25 de Abril de 1974.
Já lá vão 34 anos de democracia, tempo suficiente para que muitos se tenham esquecido. Nos discursos, de hoje, as palavras tornaram-se, para muitos, somente palavras de circunstância, um mero acto comemorativo cujo significado se vai diluindo no esquecimento.
O nosso Presidente, o Sr. Silva, encomendou um estudo e, no seu discurso à nação, "explicou-nos" que está preocupado com os resultados. Disse-nos, o que todos já sabíamos, que os jovens não sabem nem querem saber da política, que para as novas gerações o 25 de Abril é mais um feriado, uma data no calendário.
Se hoje já é assim, no futuro, quando desaparecerem as últimas gerações que a viveram ou para quem ela significa alguma coisa, a sua real importância será apenas uma memória longínqua, o passado.
O Sr. Silva que se diz preocupado com a situação, é o mesmo Sr. Silva que se apresenta nas comemorações sem o cravo vermelho.
Preocupado? Preocupados andamos eu e a maioria dos portugueses.
Preocupados com, a situação económica, a precariedade do trabalho, a falta de transparência, os jogos de interesses, os exemplos vindos da classe politica e os privilégios que garantem para beneficio próprio. Preocupados com os valores, ou falta deles, que regem a Nação. E já agora, à conta de tanta Europa, preocupados, com a destruição da nossa identidade nacional.
Ainda e sempre, preocupados, com qualquer eventual perda ou redução dos nossos direitos e liberdades individuais.
Pessoalmente consigo imaginar-me na pele das novas gerações. Nasceram em democracia, se não lhes conseguimos transmitir o seu valor, não me admiro de elas não terem as mesmas preocupações que a minha ou as anteriores.
Explicar o significado de LIBERDADE a quem nunca viveu sem ela, é uma tarefa difícil, senão impossível. Quem nasceu com todas elas e sempre se achou no direito de ser livre, será que entende o que ela significa?
A memória dos homens é curta, mas a memória colectiva de um povo não o pode ser. Temos de saber transmitir a real importância do 25 de Abril, igual à que atribuímos ao 1 de Dezembro de 1640 ou ao 5 de Outubro, seja de 1143 ou de 1910. É certo que também não lhe atribuímos a que realmente merecem.
Sem elas quem seríamos nós?
(Quando oiço alguém dizer que seria melhor sermos espanhóis ou ter uma monarquia dá-me vontade de vomitar. Nesse caso, por que não fazermos parte do Império Romano, ou, para unir a Europa, a Alemanha ter vencido a 2ª guerra Mundial.)

A memória daquilo que alguém fez, por todos nós, e que nos permitiu ser aquilo que hoje somos, seja como povo e/ou individualmente, deve perdurar para sempre. Deve fazer parte do nosso código genético e como tal ser transmitida às novas gerações.

Dia Da Liberdade

Sou pelos cravos!
E por tudo aquilo que significam,
pelos valores e conquistas de Abril.
Cravos vermelhos, Vermelho Vivo.
Vermelho cor do sangue, derramado e evitado.
Vivo de Esperança e Liberdade.
Vermelho dos sonhos e do futuro.
Vermelho das recordações, da gratidão
para com aqueles que nos libertaram do pesadelo.
Vivo na memória, nas emoções,
ainda hoje, quando escuto a voz do Zeca.
Vermelho de alerta, bem vivo.
Para lembrar, sempre.
Que a longa noite de cinzentismo,
onde vivemos mergulhados, nunca mais voltará.
Os cravos podem andar murchos,
mas jamais morrerão.

Não os deixaremos morrer!
Por mim, como quando era criança,
continuarei a cantar como a Ermelinda Duarte:

Somos livres

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela, somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Viva o 25 de Abril,
agora e sempre!

Apenas Diferente

Não gosto de fachadas, sou incapaz de viver de aparências.
Talvez por isso, não sigo o rebanho.
Não consigo fingir a felicidade, a amizade, o amor.
Não entendo o porquê, as vantagens, desse modo de ser.
As pessoas que o fazem provocam-me sentimentos que preferia não ter.
Por vezes penso que vivo, num mundo só meu, uma realidade paralela.
Sinto-me uma ilha inserida num deserto de hipocrisia.
Ando cansado da maioria das pessoas e das suas atitudes.
Não tenho pretensões de ser o único.
Mas recuso-me a ser, igual, a ir na corrente, mais um no meio da multidão.
Prefiro isolar-me voluntariamente. Isolado, mas não só.
Felizmente tenho os amigos e a família como porto de abrigo.
Prefiro o essencial ao acessório.

Tudo isto para vos dizer que, ontem, decidi adoptar uma ovelha.
Não obedece aos padrões ditos normais. É negra, como convém, e anda por aí.

Dá Asas À Imaginação

Ontem foi dia da terra.

Hoje é dia de disparates.
Por isso, e porque me apetece.

Tenho uma adivinha para vocês.

A primeira letra é um pê
e, geralmente, todos têm asas.
Existem em todas as casas
mas raramente alguém os vê.

Têm asas mas não voam,
no entanto podem voar.
Fazem barulhos que ecoam
e se espalham pelo ar.

Para lançar a confusão,
eles não cantam nem comem.
Dão p'ra mulher e p'ra homem,
quando chega a ocasião.

Em caso de necessidade,
ninguém os recusaria.
São de grande utilidade,
seja de noite ou de dia.

Serão tachos ou panelas,
para cozinhar refeições?
Mas, se são eles e não elas,
lá se vão as ilusões.

Se não sabes o que é,
deixo-te uma pista:
É sentado ou de pé,
à vontade do artista.

Vem por fim a solução,
se necessário eu explico.
Toda esta confusão,
por causa de ...

Eco Lógico

Hoje é Dia Mundial da Terra.
Se quisermos por cá continuar, todos os dias o deverão ser!
Por, durante demasiado tempo, termos sido ilógicos, de repente somos biológicos, ecológicos e andamos todos muito preocupados com o futuro do Planeta. Os anúncios, a todo e qualquer produto, fazem questão de dizer que são amigos do ambiente. Até parece que tudo e todos querem entrar para as fileiras da Greenpeace. Na maioria dos casos, apenas aparência, pura hipocrisia.
Finalmente começamos a ganhar consciência ambiental, acho bem! Por mim estou à vontade, a minha não me pesa, sempre a tive. Muito antes de as preocupações estarem na moda, sempre fui consciente e tive respeito pela Natureza.
Foi necessário os estragos atingirem as proporções que todos sabemos para tomarmos consciência do nosso impacto.

Reparar os estragos causados...
Será que vamos a tempo?
Todos falam da diminuição da camada de ozono, do efeito estufa, do aquecimento global, de degelo, desflorestação, das chuvas ácidas, de mudanças climáticas.
Somos todos contra os resíduos, a contaminação das águas e dos solos, os transgénicos, os insecticidas e pesticidas, contra a poluição em geral. Ficamos chocados com desastres ecológicos como as marés negras.
Agora, o impacto ambiental é como a pasta medicinal couto, anda na boca de toda a gente. Mas ninguém abdica do seu conforto. Sim, vamos reciclar. É bonito e cheio de boas intenções. Não Chega!
Já fizemos tanto mal ao Planeta que levará um tempo inimaginável até ele recuperar, se é que alguma vez o irá conseguir. A perda da biodiversidade, pode parecer apenas um palavrão, é real e está a acontecer a um ritmo cada vez mais acelerado. Se não forem tomadas medidas drásticas, estamos a caminho de uma situação em que o problema só pode ser resolvido de forma extrema.
Solução: acabar, de vez, com a poluição ou eliminar a fonte causadora, nós!
Em último caso, a própria Natureza se encarregará disso.
Preservação do ambiente!? Enquanto não o fizermos verdadeiramente, a Terra continuará a sofrer. Enquanto existir poluição moral, resultante da hipocrisia, a nossa espécie estará em risco.

A continuarmos pelo caminho até agora percorrido, o futuro será negro.
Gostam do vosso Planeta? Ajudem a salvá-lo.
Cada pequeno gesto conta e, não custa nada.

Parabéns

Hoje o post é para ti,

o meu mano "pequenino".
Tenho pena de não podermos passar mais tempo juntos. Contigo brinquei, sofri, aprendi e diverti-me. Ao partilharmos momentos, ambos crescemos como pessoas. Espero poder continuar a fazê-lo sempre.
Ajudaste-me a ser quem sou.
Força "miúdo", continua a ser quem és.
Além de meu irmão és meu amigo, uma das poucas pessoas por quem eu daria a vida.



Por mais um anito,
Parabéns!

Um grande abraço.

Born To Be Wild

Dizem que os amigos são para as ocasiões, então tenho de confessar-te uma coisa:

Faça chuva, faça sol, seja noite, seja dia, no ar, em terra ou no mar, nos bons e nos maus momentos, a trabalhar, a divertimo-nos, juntos e até distantes,
em qualquer ocasião...

Somos amigos!



Pois é, mais um anito.
Parabéns!

Um grande abraço

SMG Com Tranquilidade

Último dia de trabalho da semana, como normalmente, e não por ser sexta-feira, uns ausentes, outros a fingir que trabalham. Aqui no manicómio, uns não podem, outros não sabem e eu não quero!
Dadas as circunstâncias, o justo, e a vontade, seria cruzar os braços e fazer como a restante carneirada. Por uma questão de brio não sou capaz. Mas recuso-me a fazer o trabalho alheio, vou-me limitando a garantir o chamado SMG.
Sim, Serviço Mínimo Garantido, mais do que isso - bom fim-de-semana...
Lamentamos, cada um mija com a sua.

Princesinha

Se há algo a que possa chamar "milagre" é à vida e à forma como a Mãe Natureza se renova e nos surpreende. Cada nascimento é o início de algo, a esperança no futuro.
Hoje, apesar da chuva, o sol brilha com outra intensidade, as flores têm uma cor mais intensa, os pássaros cantam de forma especial e à noite a lua e as estrelas sorrirão.
Hoje estou feliz, nasceu (ontem) a Laura.
Sê bem vinda a este mundo!
E, parabéns aos pais!

A Verdade

"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem"

Robert Musil em O Homem sem Qualidades

Sanidade Mental

Farto até à ponta dos cabelos, (que, como alguns de vocês sabem, são "curtinhos") e com a chegada de mais uma incompetência, desculpem eles chamam-lhe urgência, decidi fugir do manicómio.
Primeiro fiquei furioso, praguejei, chamei nomes… depois, como, mais uma vez, estava sozinho, adoptei uma postura - "vá para fora cá dentro".
Agarrei no bicho (telemóvel) e fui "trabalhar" para o café.
Não digam a ninguém. Fui beber o pouco juízo que me resta.
Se é para brincar às empresas… então brincamos todos.

Recado à Benfica

Na passada sexta-feira, tive de me ausentar do meu local de trabalho. Quando voltei, em cima da secretária tinha um presente - uma folha A4 com um recado escrito a vermelho e a letras garrafais.
A alminha generosa que, "brilhantemente", resolveu presentear-me é alguém que gosta de dar graxa ao patrão e de empurrar o trabalho para os outros.

Um coleguinha que, nos últimos tempos, praticamente todas as semanas, tem de se ausentar supostamente para fazer frequências. Por acaso, deve ter sido só por acaso, o dito regressou após o almoço.

E, como habitualmente, eu também.
Se o recadinho não me tinha caído bem em cima da refeição, a presença, em simultâneo, de ambos muito menos.
Pelo que, tive de lhe dizer que: Em vez de escrever, o podia ter feito pessoalmente. Afinal, eu, só tinha ido ao banco e, voltava de tarde.
E que, apesar de gostar de vermelho e ser do Benfica, felizmente vejo bem.
Três gaguejadelas, a desculpar-se, e comportamento de cordeirinho foram o resultado. Mas... desconfio que ainda não é desta que ele se manca.

Homem Prevenido

À noite, prevendo que, mais uma vez, seria evitado pela esposa.
O marido descobriu uma solução.
Tomou um banho demorado e, minutos depois, apareceu nu no quarto.
Ao ver o marido nu e perfumado, a mulher deixou de lado a revista que estava a ler e disse: "Amor, estou com uma dor de cabeça terrível!"
Nesse momento ela percebeu que o pénis dele estava totalmente coberto por um pó branco. Surpresa, ela pergunta: "O que é isso amor?"
E ele responde: "Aspirina em pó, querida. Vai ser via oral ou supositório?"

A Inexplicável Estupidez do Ser

Hoje é o 101º dia do ano, faltam 265 para o ano acabar e, deve ser dia mundial de qualquer coisa. Não sei do quê, nem estou preocupado com isso.
Mas uma "bruxa" minha conhecida engendrou que era o dia da estupidez.
Como com as bruxas não se brinca.
Eu, estupidamente, ou talvez não, decidi alterar o post previsto.

Segundo a Wikipédia: "A estupidez é a qualidade ou condição de ser estúpido, ou a falta de inteligência, ao contrário de ser meramente ignorante ou inculto.
Esta qualidade pode ser atribuída às acções do indivíduo, palavras ou crenças.
O termo assim também se pode referir ao uso inadequado do juízo, ou insensibilidade a nuances por uma pessoa que se julga inteligente.
A determinação de quem é estúpido é relativamente difícil …"

Alto! Aqui o Neurónio já não concorda. A estupidez é tão abundante, tão fácil de encontrar, que só alguém também estúpido, ou acabado de chegar de outro planeta, é que não a consegue identificar de imediato.
Quanto ao dia da estupidez, acho que um só não chega.
Há tanta gente a celebrá-lo, todos os dias e a todas as horas, que a sua comemoração devia ser feita de forma parcial. Por ordem alfabética, profissão, idade, signo, idioma ou qualquer outra forma estúpida.
Todos, ao mesmo tempo, não me parece viável, é muita estupidez junta.

Ler Faz Mal

"Um dia li que fumar fazia mal, parei de fumar!
No outro dia li que beber fazia mal, parei de beber!
Num outro dia, li que fazer sexo fazia mal e aí,
eu decidi parar de ler."

Anónimo

De Vez Em Quando

Apetece-me deixar de lado o civismo, a boa educação e fazer o que realmente me apetece. Hoje, e neste caso, simplesmente: bater em alguém!
Para grandes males, grandes remédios.
Se não se resolve a bem, então de forma curta e directa, talvez se resolva a mal.
Uma das coisas que nos distingue dos animais é a consciência (moral).
Hoje tenho consciência que não me apetece escrever, não me apetece falar, não me apetece ser bonzinho. Apetece-me bater!
Isto porque, o alguém, a quem me apetece bater, parece não ter consciência. Se a tem e continua a assobiar para o lado, das duas uma: é um animal, ou terá mesmo de levar umas galhetas.

Mudando de assunto:

Raízes

Hoje, para mim, é um dia triste.
Podia, e devia, ser um bom dia.
(Apesar de fazer anos que uma das minhas avós morreu)
Hoje seria um daqueles dias em que deveria estar feliz.
Um dia para celebrar a vida, a família, as origens.
A raiz, "viva", da família, completa mais um ano neste mundo.
O mais velho faz anos e, gostaria de estar a dar-lhe os parabéns.
Infelizmente, não consigo.
O facto de estar vivo, não significa que viva. Sofrer, e fazer sofrer, não é viver.
A vida é sempre mais importante que a morte.

Mas estar sem ser, é pior que morrer.
É com orgulho que digo que sou teu neto!
Parabéns, pelo que foste.

Os Três Deuses

Há muito tempo, num misterioso e longínquo país, havia um templo com as estátuas de três deuses: o da Verdade, o da Falsidade e o da Diplomacia.
As populações vizinhas iam lá, em romaria, porque elas eram estátuas-oráculo e respondiam às perguntas dos fiéis.
Mas havia algo que atormentava os pobres peregrinos. As respostas do deus da Verdade eram sempre verdadeiras, as do deus da Falsidade sempre falsas e as do deus da Diplomacia tanto poderiam ser verdadeiras como falsas.
Como as três estátuas eram iguais, os desgraçados nunca sabiam, com qual dos deuses tinham falado e, se as respostas que ouviam eram verdadeiras ou falsas.
Certo dia, um peregrino farto de viver na incerteza decidiu esclarecer a situação.
E fez as seguintes perguntas:
Ao primeiro deus: Que deus está sentado ao teu lado?
Ao segundo deus: Quem és tu?
E ao terceiro: Que deus está sentado ao teu lado?
Obteve como resposta:
Do primeiro: O deus da Verdade.
Do segundo: O deus da Diplomacia.
E do terceiro: O deus da Falsidade.

A partir desse dia, raramente teve dúvidas e nunca mais se enganou.
Onde é que eu já ouvi isto?



O peregrino descobriu a estátua correspondente a cada deus.

E você, já sabe quem era quem?

Publicidade Enganosa

Eu cá bou, agora bocês não sei!?

Tragam o Polígrafo

Hoje,

Vou...
Fumar um cigarro,
beber uma cerveja,
contar uma anedota,
pensar na vida.
Vou...
Atar o cabelo,
escolher uma imagem,
escrever um post.
Vou...
Comprar um jornal,
navegar na net,
fugir para casa.

Simplesmente, vou!


E para que acreditem em mim:

Fortes dores na pélvis
Uma mãe, desesperada, pergunta ao médico:
- O que se passa Sr. doutor?
- O clítoris da sua filha parece a tampa de uma caneta bic!
- Azul, doutor?
- Não, todo mordido!

Acreditem Se Quiserem

Vou...
Deixar de fumar,
praticar desporto,
portar-me bem,
mudar de vida.
Vou...
Fazer uma tatuagem,
escrever um livro,
pintar um quadro.
Vou...
Comprar um barco,
viajar,
fingir que fujo.

Vou ali e, já volto!