31 de dezembro de 2008

30 de dezembro de 2008

Uma Volta em Redor do Sol

No final de cada ano há quem goste de fazer um Balanço de tudo o que nele se passou. Este ano, o Neurónio, decidiu fazer algo parecido - Um Baloiço.

Depois de uma espreitadela, na diagonal, ao que de importante (ou talvez não) aconteceu neste ano de 2008.

Na volta que o calhau em que vivemos deu em redor do Sol, os destaques foram:

No Mundo
Internacionalmente o ano fica marcado pela crise, desde 1929 que não se sentia nada do género, e pela eleição de Barack Obama como Presidente dos EUA.
Por todo o mundo, falências e escândalos financeiros, atingiram empresas, bancos e até países, ninguém escapou. Nunca o preço do barril de petróleo tinha estado tão elevado (quase 150,00€) e as taxas de juro atingiram níveis incomportáveis para o cidadão comum (são os benefícios da tão apregoada globalização).
Os governos tiveram de intervir para evitar males maiores.
(Não teria já sido possível fazer o mesmo em anos anteriores? Em África e na América Latina, há países que se debatem com graves problemas há largos anos.)
Como de costume o ano foi manchado por diversos atentados terroristas e desrespeito pelos direitos do homem um pouco por todo o lado.
Os irlandeses, em referendo, rejeitaram o Tratado de Lisboa e deixaram a Europa encalhada.
O Kosovo proclamou a sua independência.
Fidel Castro renunciou à presidência de Cuba.
A causa tibetana desencadeou uma onda de manifestações contra as politicas repressivas praticadas pelo governo chinês. (Quando eles voltarem a organizar outro evento importante, o mundo, hipocritamente, voltará a protestar. Até lá... “está tudo bem”).
Os russos, para mostrar ao mundo que estão vivos e que devem contar com eles, decidiram tomar uma posição de força e invadiram os territórios da Abecásia e Ossétia do Sul.
(O Neurónio “não compreende” a razão de os Estados Unidos não terem invadido a China e a Rússia, afinal eles têm armas de destruição maciça. Porque será?)
No final do ano, nas ruas de Atenas, jovens gregos amotinaram-se durante semanas e travaram violentos confrontos com as forças policiais (coisas do 1º mundo, o dito civilizado).
Entrou em funcionamento o LHC - Large Hadron Collider (o maior acelerador de partículas do mundo), alguns velhos do Restelo apelidam-na de máquina do fim do mundo.
No campo desportivo: realizaram-se os Jogos Olímpicos em Pequim (talvez a melhor edição de todos os tempos) e o Campeonato da Europa de Futebol.

Em Portugal
Cá pelo burgo, o ano começou com a entrada em vigor da nova lei anti-tabaco e o cancelamento da 30ª edição do Rali Dakar (mais um recorde do Guiness - a edição mais curta de sempre).
O governo anunciou que... afinal Alcochete não era jamais.
E, nos anais (deve ser de ânus) da história, 2008, será lembrado como o ano do Magalhães - "o super-computador", que vai resolver todos os problemas da nação.
Foi um ano de grande contestação ao governo, com milhares de professores a manifestarem, nas ruas de Lisboa, a sua indignação, e em que a greve dos camionistas provocou a ruptura de stocks de combustíveis e alimentos um pouco por todo o país.
A demissão de Luís Filipe Menezes, iniciou a novela (ainda em exibição) "PSD um partido à deriva". (Novela do género Trágico-cómico-burlesco que, todos os dias, nos lembra que: o governo é para lá de mau e a alternativa ainda é pior. Estamos fodidos!).
Para animar, as férias, 2008, teve, um mês de Agosto louco, com uma empolada onda de crimes que abriu todos os noticiários, não houve crime que escapasse. (Se o gato da vizinha roubava um peixe... as TV’s estavam lá para nos contar tudo: o tipo de peixe, se era fresco ou congelado, qual a sua origem, a forma de captura, as tendências sexuais do espécime... tudo isto acompanhado de importantíssimas entrevistas a um qualquer mirone que por um qualquer acaso, desconfio que provocado, se encontrava de serviço no local.)
Foi igualmente o ano, mais um, em que a nossa "fabulosa" selecção decidiu mostrar a sua solidariedade "deixando" a Espanha ser Campeã europeia de futebol. E em que todos ficámos orgulhos do salto, de ouro, de Nélson Évora.
Um ano em que, quase estrangulados, de tanto apertar o cinto, assistimos a guerras de poder no BCP, à nacionalização do BPN e à grave situação do BPP. (Sobre esta parte da crise financeira, só um comentário: "coitadinhos dos senhores das grandes fortunas, em 2008, só ganharam uns milhõezitos e não ganharam os milhões do costume".)

E assim baloiçou o mundo, neste ano da graça, ou desgraça, de 2008.
Dizem que "águas passadas não movem moinhos", por isso, que venha 2009.

29 de dezembro de 2008

Presente Pós-Natal

O Pai Natal sabe que vocês são uns abusadores, que nesta altura se empanturram com comida e doces. Assim, este ano, excepcionalmente, decidiu receitar-vos o presente ideal para abater os excessos:

Uma coisa é portarem-se mal, outra é terem bundas gordas.
Toca a mexer esses rabos!

26 de dezembro de 2008

Presentes


Receberam muitos?
Gostaram?

Caso a resposta seja negativa… já sabem:
Para o ano, portem-se bem.

Se conseguirem, se não…
Portem-se mal, mas com estilo.

23 de dezembro de 2008

O Neurónio Deseja a Todos



Um Feliz Natal

22 de dezembro de 2008

Acredita no Pai Natal?

Então, deixo uma pergunta no ar.

19 de dezembro de 2008

Quartet - Cast Puzzle

Can you take it apart? Can you assemble it again?

"True bonds has always been hard to form, but once formed such bonds are eternal and hard to break. Try and separate the 4 pieces of this puzzle."

Se pensam que só gosto de queimar os vossos neurónios… estão enganados.
O Neurónio também gosta de se auto-prostituir.
A "masturbação mental" faz bem e recomenda-se!

Comprei este quebra-cabeças e... penso que vai dar luta.

18 de dezembro de 2008

Cheira a Natal


O Natal está prestes a chegar, as ruas e montras estão enfeitadas e na TV passam todo o tipo de anúncios característicos da época. A sua chegada trás tudo o que de bom e de mau a ele está associado.
O espírito natalício em si é positivo, oferecer presentes aos amigos e familiares é bonito. A hipocrisia natalícia, essa não é má… é horrível! Oferecer só por oferecer, alimentando um consumismo desenfreado é algo muito triste e vazio de qualquer significado.
Mas, hipocrisias à parte, devia existir espírito natalício, não digo todos os dias, várias vezes durante o ano. Assim, pensávamos mais vezes na família e amigos que tantas vezes descuramos. Não era necessário fazer presépio ou enfeitar a árvore, bastava que nos lembrássemos mais vezes daqueles de quem realmente gostamos.

17 de dezembro de 2008

16 de dezembro de 2008

"Caminho do Conhecimento"

E agora…
Mais um trecho da “Erva do Diabo”:


Ontem à noite Dom Juan começou a me conduzir ao reino de seu conhecimento. Ficamos sentados defronte da casa dele, no escuro. De repente, depois de um longo silêncio, ele começou a falar. Disse que ia aconselhar-me com as mesmas palavras que o benfeitor dele usara no primeiro dia em que o recebeu como aprendiz. Parece que Dom Juan tinha decorado as palavras, pois ele as repetiu várias vezes, para ter a certeza de que eu não perdia nenhuma:
- Um homem vai para o conhecimento como vai para a guerra, bem desperto, com medo, com respeito e com uma segurança absoluta. Ir para o conhecimento ou ir para a guerra de qualquer outra maneira é um erro, e quem o cometer há de se arrepender de sua atitude.

Perguntei-lhe por que era assim e ele disse que, quando o homem preenche esses quatro requisitos, não há erros que ele tenha de explicar; nessas condições, seus atos perdem a qualidade desastrada dos atos de um tolo. Se um homem desses fracassar ou sofrer uma derrota, terá perdido apenas uma batalha, e não haverá arrependimentos lamentáveis por isso.

15 de dezembro de 2008

Burros Vs Ignorantes

Existe uma grande diferença:


Os Ignorantes podem aprender.


Os Burros teimam em não aprender.

12 de dezembro de 2008

“Inimigos do Conhecimento”



Domingo 15 de Abril de 1962

Quando eu estava me preparando para partir, tornei a lhe perguntar acerca dos inimigos do homem de conhecimento. Argumentei que ia passar algum tempo sem voltar, e que seria uma boa idéia escrever as coisas que ele tivesse a dizer e pensar a respeito enquanto estivesse fora. Hesitou um pouco, mas depois começou a falar:
- Quando um homem começa a, aprender, ele nunca sabe muito claramente quais seus objetivos. Seu propósito é fumo; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem.
"Devagar, ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito torna-se um campo de batalha.
"E assim ele se deparou com o primeiro de seus inimigos naturais: o Medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando, à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto um fim à sua busca.
- O que acontece com o homem se ele fugir com medo?
- Nada lhe acontece, a não ser que nunca aprenderá. Nunca se tornará um homem de conhecimento. Talvez se torne um tirano, ou um pobre homem apavorado e inofensivo; de qualquer forma, será um homem vencido. Seu primeiro inimigo terá posto um fim a seus desejos.
- E o que pode ele fazer para vencer o medo?
- A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si. Seu propósito torna-se mais forte. Aprender não é mais uma tarefa aterradora. Quando chega esse momento feliz, o homem pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.
- Isso acontece de uma vez, Dom Juan, ou aos poucos?
- Acontece aos poucos e no entanto o medo é vencido da repente e depressa.
- Mas o homem não terá medo outra vez, se lhe acontecer alguma coisa nova?
- Não. Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque, em vez do medo, ele adquiriu a clareza de espírito que apaga o medo. Então, o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada se lhe oculta.
"E assim ele encontra seu segundo inimigo: a Clareza! Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega.
"Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança de que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso porque é claro e não pára diante de nada porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta. Se o homem sucumbir a esse poder de faz-de-conta, sucumbiu a seu segundo inimigo e tateará com a aprendizagem. Vai precipitar-se quando devia ser paciente, ou vai ser paciente quando devia precipitar-se. E tateará com a aprendizagem até acabar incapaz de aprender mais qualquer coisa.
- O que acontece com um homem que é derrotado assim, Dom Juan? Ele morre por isso?
- Não, não morre. Seu inimigo acaba de impedi-lo de se tornar um homem de conhecimento; em vez disso, o homem pode tornar-se um guerreiro valente, ou um palhaço. No entanto, a clareza, pela qual ele pagou tão caro, nunca mais se transformará de novo em trevas ou medo. Será claro enquanto viver, mas não aprenderá nem desejará nada.
- Mas o que tem de fazer para não ser vencido?
- Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar, acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isso não será um engano. Não será um ponto diante da vista. Será o verdadeiro poder.
"Ele saberá a essa altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é a ordem. Vê tudo o que está em volta. Mas também encontrou seu terceiro inimigo: o Poder!
"O poder é o mais forte de todos os inimigos. E naturalmente a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. Ele comanda; começa correndo riscos calculados e termina estabelecendo regras, porque é um senhor.
"Um homem nesse estágio quase nem nota seu terceiro inimigo se aproximando. E de repente, sem saber, certamente terá perdido a batalha. Seu inimigo o terá transformado num cruel e caprichoso.
- E ele perderá o poder?
- Não, ele nunca perderá sua clareza nem seu poder.
- Então o que o distinguirá de um homem de conhecimento?
- Um homem que é derrotado pelo poder morre sem realmente saber manejá-lo. O poder é apenas uma carga em seu destino. Um homem desses não tem domínio sobre si, e não sabe quando ou como usar seu poder.
- A derrota por algum desses inimigos é uma derrota final?
- Claro que é final. Uma vez que esses inimigos dominem o homem, não há nada que ele possa fazer.
- Será possível, por exemplo, que o homem derrotado pelo poder veja seu erro e se emende?
- Não. Uma vez que o homem cede, está liquidado.
- Mas, e se ele estiver temporariamente cego pelo podar, e depois o recusar?
- Isso significa que a batalha continua. Isso significa que ele ainda está tentando ser um homem de conhecimento. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.
- Mas então, Dom Juan, será possível que um homem se entregue ao medo durante anos, mas que no fim ele o vença.
- Não, isso não é verdade. Se ele ceder ao medo, nunca o vencerá porque se desviará do conhecimento e nunca mais terá. Mas sé procurar aprender durante anos no meio de seu medo, acabará dominando-o, porque nunca se entregou realmente a ele.
- E como o homem pode vencer seu terceiro inimigo, Dom Juan?
- Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido, na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem seu controle sobre si mesmo, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo está controlado. Então, saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo.
"O homem estará, então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo: a Velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotar completamente, mas apenas afastar.
"É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciências de clareza de espírito... um momento em que todo seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar. Se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele se afundar na fadiga, terá perdido o último round, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil. Seu desejo de se retirar dominará toda sua clareza, seu poder e sabedoria.
"Mas se o homem sacode sua fadiga, e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra o seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento é o suficiente.

Continuação da conversa entre Dom Juan e Carlos Castaneda, no livro “A Erva do Diabo”.

11 de dezembro de 2008

O Homem de Conhecimento



Sábado, 8 de Abril de 1962

Em nossas conversas, Dom Juan sempre usava ou se referia à expressão "homem de conhecimento", mas nunca explicava o que queria dizer com isso. Perguntei-lhe a respeito.
- Um homem de conhecimento é aquele que seguiu honestamente as dificuldades da aprendizagem - disse ele. Um homem que, sem se precipitar nem hesitar, foi tão longe quanto pôde para desvendar os segredos do poder e da sabedoria.
- Qualquer pessoa pode ser um homem de conhecimento?
- Não; não qualquer pessoa.
- Então o que é preciso fazer para se tornar um homem de conhecimento?
- O homem tem de desafiar e vencer seus quatro inimigos naturais.
- Ele será um homem de conhecimento depois de vencer esses quatro inimigos?
- Sim. Um homem pode chamar-se um homem de conhecimento somente se for capaz de vencer os quatro.
- Então, qualquer pessoa que conseguir vencer esses inimigos pode ser um homem de conhecimento?
- Qualquer pessoa que os vencer torna-se um homem de conhecimento.
- Mas há algum requisito especial que o homem tenha de atender antes de lutar contra esses inimigos?
- Não. Qualquer pessoa pode tentar tornar-se um homem de conhecimento; muito poucos homens o conseguem, realmente, mas isso é natural. Os inimigos que um indivíduo encontra no caminho do saber para tornar-se um homem de conhecimento são realmente formidáveis; a maioria dos homens sucumbe a eles.
- Que tipos de inimigos são, Dom Juan?
Recusou-se a falar sobre os inimigos. Disse que se passaria muito tempo até que o assunto fizesse sentido para mim. Procurei manter a conversa e perguntei-lhe se ele achava que eu poderia tornar-me um homem de conhecimento. Respondeu que ninguém poderia dizer isso ao certo. Mas eu insisti para saber se havia algum indício que ele pudesse usar para saber se eu tinha ou não possibilidade de me tornar um homem de conhecimento. Falou que dependia de minha luta contra os quatro inimigos - se eu conseguiria derrotá-los ou ser derrotado por eles - mas que era impossível prever o resultado dessa luta.
Perguntei-lhe se ele podia usar feitiços ou adivinhação para ver o resultado da luta. Declarou claramente que os resultados da luta não poderiam ser previstos por meio algum, porque tornar-se um homem de conhecimento era uma coisa temporária. Quando pedi que ele explicasse isto, respondeu:
- Ser um homem de conhecimento não tem permanência. Nunca se é um homem de conhecimento, não de verdade. Ou antes, a pessoa se torna um homem de conhecimento por um instante muito breve, depois de derrotar os quatro inimigos naturais.
- Você tem de me dizer, Dom Juan, que tipo de inimigos eles são. Não respondeu. Tornei a insistir, mas ele mudou de assunto e começou a falar sobre outra coisa.

Conversa entre Dom Juan e Carlos Castaneda, retirada do livro “A Erva do Diabo”.

10 de dezembro de 2008

Erva do Diabo

"A erva-do-diabo tem quatro cabeças; a raiz, a haste e as folhas, as flores e as sementes. Cada qual é diferente, e quem a tornar sua aliada tem de aprender a respeito delas nessa ordem. A cabeça mais importante está nas raízes. O poder da erva-do-diabo é conquistado por meio de suas raízes. A haste e as folhas são a cabeça que cura as moléstias; usada direito, essa cabeça é uma dádiva para a humanidade. A terceira cabeça fica nas flores, e é usada para tornar as pessoas malucas ou para fazê-las obedientes, ou para matá-las. O homem que tem a erva por aliada nunca absorve as flores, nem mesmo a haste e as folhas, a não ser no caso de ele mesmo estar doente; mas as raízes e as sementes são sempre absorvidas; especialmente as sementes, que são a quarta cabeça da erva-do-diabo e a mais poderosa das quatro".
Palavras de Dom Juan em "A Erva do Diabo".

O livro, "A Erva do Diabo" de Carlos Castaneda, é um estudo sobre o uso de plantas medicinais pelos índios Yaqui - Sonora México (pesquisa antropológica para a sua tese de mestrado na Universidade da Califórnia). O autor relata-nos as suas experiências com plantas alucinogénias, enquanto aprendiz de Dom Juan, que lhe permitiram entrar noutras dimensões da realidade. O seu contacto com o restrito mundo dos xamãs mostra-nos que o conhecimento não tem limites e que a sua procura é uma tarefa que nunca se pode dar por concluída.
As diferenças, de valores e conhecimentos, entre a cultura indígena e a civilização ocidental são abissais e, como tal, não devemos fazer avaliações tendo por base dogmas pré-estabelecidos.

9 de dezembro de 2008

Ataque a Tróia



Apesar de, no trabalho, diariamente correr o antivírus descobri que estava a ser atacado por um "infiltrado". Ao fazer a actualização do programa Spybot - Search & Destroy, este encontrou Trojan Horses instalados no meu computador.
Coisas como: virtumonde, hivezuto, muzeniyema, pebapehe, ehepabep, ehepabep, vundo, buloreke…
Ao tentar eliminar o(s) problema(s), ele(s) mudava(m) de nome (não sei se a manada era constituída por um ou vários cavalos).
Para erradicá-lo, tive de mergulhar na Net à procura de uma solução. Encontrei-a. E, também descobri ao tipo de sites que alguns deles costumam estar associados.
Mais uma vez, pontos "a favor" de um dos meus colegas.
Não me posso esquecer de lhe agradecer, o meu “divertimento”, durante a tarde de sexta e grande parte do dia de hoje. Uns vêem gajas nuas, outros apanham vírus. Muito obrigado e vai ver pornografia para o…

Nota: Agora espero consiguir manter a Helena em segurança.

5 de dezembro de 2008

Quirodáctilos

Todos nós sabemos, ou devíamos saber, os nomes dos nossos quirodáctilos (dedos da mão):
Polegar, Indicador, Médio, Anelar e Mínimo.

E os seus nomes populares, ainda se lembram?


Vamos recordar as lengalengas:

Dedo mindinho
Seu vizinho
Pai de todos
Fura bolos
Mata piolhos

Dedo mindinho quer pão
O vizinho diz que não
O pai diz que dará
Este o furtará
E o polegar: «Alto lá!»

Este menino achou o ovo
Este o assou
Este sal lhe deitou
Este o provou
Este o papou

4 de dezembro de 2008

Duas Dúzias de Degraus

A propósito da minha escada imaginada…



Uma bruxa brincalhona respondeu, correctamente, e em jeito de provocação,
perguntou-me: - é pra ir às laranjas?
Ao que respondi: - É para fugir. Tendo acrescentado que com duas dúzias de degraus não dava para ir muito longe.

Para que não restem dúvidas que imaginei uma escada com 24 degraus:

Como a escada tem 12 degraus mais metade da totalidade dos degraus.

3 de dezembro de 2008

Chefe mas Pouco

Quando o capitão do navio não sabe o rumo a seguir…
Apetece dizer, como o Henrique (um conhecido do Neurónio), que no diz respeito a chefes e às suas competências:

"Chefe?
Ah! O elemento que ocupa o lugar de chefia no teu departamento."

2 de dezembro de 2008

Ao Sabor do Vento


"Quando se navega sem destino,
nenhum vento é favorável."
Séneca



Infelizmente, conheço um barco assim.

28 de novembro de 2008

Desligar

Antecipando o fim-de-semana e o feriado que aí vêem,
vou dar folga aos neurónios e desligar mais cedo.


27 de novembro de 2008

Degraus da Imaginação

Hoje deu-me para ser imaginativo.
Imaginei uma escada.

A escada tem 12 degraus
mais metade da totalidade dos degraus.



Afinal, quantos degraus tem a escada?

26 de novembro de 2008

Cartaz da Vitória

O post do dia 5 de Novembro estava de tal forma enguiçado que o decidi substituir. Será publicado no dia 20 de Janeiro do próximo ano.


Hoje, voltando ao assunto desse dia, o Abutre mostra-vos o cartaz que foi decisivo para a vitória de Barack Obama.

25 de novembro de 2008

Apetece-me Gritar

IN-COM-PE-TEN-TES!

Mas depois, pensando melhor...
É só o Princípio de Peter a funcionar na perfeição.

24 de novembro de 2008

O Charco dos Patos


No que diz respeito a danças tenho dois pés esquerdos que devem ser os responsáveis por eu não perceber nada do assunto.
Seja clássica ou moderna, a única coisa que posso "avaliar" é a parte estética.
O Ballet, bem… o ballet não está entre as coisas que mais me entusiasmem.
No entanto, sempre o considerei um espectáculo grandioso. Talvez devido a isso, no Sábado fui apreciar os patos, isto é, fui ver o Lago dos Cisnes ao Coliseu.
É aqui que a coisa se complica, como é que um gajo que não pesca nada do assunto vos vai explicar isto… vou tentar.
Para começo, a parte que eu já sabia que ia gostar - a "banda sonora" - simplesmente fantástica. Grande Tchaikovsky.
Depois, o Ballet Imperial Russo sabe da poda e brindou-nos com uma coreografia com momentos brilhantes. Movimentos como rodopiar, andar em pontas ou assumir posições somente ao alcance do homem elástico saem com tal graciosidade que parecem inatos, como se não fosse necessário o mínimo esforço para os executar. A elegância, naturalidade e coordenação entre os bailarinos quase nos faz acreditar que dançar daquela forma é fácil.
Volto a frisar que no que diz respeito a danças não risco nada, mas…
Posso dizer-vos que: encheu-me as medidas!

21 de novembro de 2008

20 de novembro de 2008

O Hábito Faz o Monge

Perdemos 6-2 com o Brasil.


«É preciso varrer toda a porcaria que existe na Federação»



Ó Carlinhos não te habitues,
qualquer dia ficas conhecido por Sr. Chapa 6 e depois...
Treinar talvez os Almeidas FC.

19 de novembro de 2008

"Ditadura do Abutre"


Seis meses sem democracia???


"pôr tudo na ordem"





O Manuela não percas a cabeça.

18 de novembro de 2008

Dividindo a Cáfila



"Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, sobre o nosso único camelo, quando nos ocorreu uma aventura digna de registo, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos perto de um antigo abrigo para peregrinos meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.
Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:
- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
Somos irmãos, esclareceu o mais velho, e recebemos como herança esses 35 camelos.
Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são exactas?
- É muito simples - atalhou o Homem que Calculava. - Encarrego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!
Neste ponto, procurei intervir na questão:
- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viagem se ficássemos sem o camelo?
Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! - replicou-me em voz baixa Beremiz
- Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo camelo que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.
Vou, meus amigos - disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a divisão justa e exacta dos camelos que são agora, como vêem em número de 36. E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
- Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.
E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
- E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transacção.
E disse por fim ao mais moço:
- E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!
E concluiu com a maior segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir - partilha em que todos três saíram lucrando - couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois. Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança!
- Sois inteligente, ó Estrangeiro! - exclamou o mais velho dos três irmãos.
- Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!
E o astucioso Beremiz - o Homem que Calculava - tomou logo posse de um dos mais belos camelos do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:
- Poderás agora, meu amigo, continuar a viajem no teu camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente para mim!
E continuamos nossa jornada para Bagdad."


Do livro “O homem que calculava” de Malba Tahan, pseudónimo do brasileiro Júlio César de Mello e Souza

Reflicta sobre o assunto e tente explicar, ou pelo menos entender, o sucedido.

17 de novembro de 2008

Desejos Adormecidos



Uma simples brisa foi suficiente para fazer ressuscitar memórias adormecidas.
No Sábado, ao chegar à terra onde cresci, fui invadido por um cheiro nostálgico - o vento transportava aromas de pinho a arder. Secretamente desejei que os meus pais tivessem acendido o lume, como não vislumbrei fumo a sair da chaminé, naquele momento, senti uma pontinha de inveja da pessoa que tinha a fogueira acesa. Jantei e fui procurar os amigos ao café. À medida que íamos molhando a palavra, um abandono gélido ia tomando conta das ruas. Lá fora o frio ia-se intensificando e dentro de mim ia crescendo o desejo de estar perto de uma fogueira, de tal forma que durante a noite sonhei com o fogo.
Na tarde de Domingo a "tribo" reuniu-se e, quando o frio voltou a apertar, o "índio" dono da casa decidiu acender a lareira. Em boa hora o fez. Os presentes, todos velhos conhecidos do fogo e com saudades dele, aplaudiram. Ainda não foi um "verdadeiro" estar à fogueira, mas deu para enganar as saudades. Um grupo de amigos petiscando em amena cavaqueira, foi um belo convívio aquecido! Entre copos de vinho e água-pé ficou, desde logo, combinado um novo petisco.
Foi como que o prenúncio do Inverno que se aproxima, prenúncio de longas noites de conversa em volta da fogueira.
Tenho de contar-vos uma coisa: Sou um viciado!
Nas noites frias adoro estar junto ao fogo, gosto de sentir o seu calor reconfortante e do cheiro a lenha queimada, de apreciar a beleza das chamas e da dança do fumo que parece querer brincar connosco. Gosto da sua companhia e de me deixar hipnotizar pela incandescência das brasas.
Sozinho ou acompanhado, vê-lo, senti-lo, "falar com ele" é um prazer viciante.
O fogo é um companheiro, sedutor, enigmático, um amigo fascinante. Só quem já passou noites com ele pode compreender verdadeiramente este sentimento.
Se nunca o fizeram, e tiverem a oportunidade, experimentem.
Depois… contem-me como foi.

14 de novembro de 2008

Expiração


Não sei se é preguiça mental,
ou pura falta de ideias…
Só sei que a inspiração continua ausente e
não me ocorrem nada de jeito.

Portando se não estou inspirado…

Estou expirado!

13 de novembro de 2008

O Seu Número de Telefone


Pegue num papel,
se for preguiçoso numa calculadora.
Se quiser ser “radical”...
Faça tudo mentalmente.


Multiplique os primeiros 5 números do seu telefone por 80.
Adicione-lhe 1 e volte a multiplicar por 250.
Agora, multiplique os últimos 4 números por 2.
Some com o resultado anterior, retire-lhe 250 e divida por 2.

Reconhece o número de algum lado?

12 de novembro de 2008

Have a Break

Kit Cat, ou melhor Kit Quieto

E você já fez a sua pausa?

11 de novembro de 2008

O Martinho

Não sei se era santo mas…

Se fizermos como manda a tradição:
Assar castanhas e provar o vinho.



O Martinho é porreiro, pá!

10 de novembro de 2008

"Silêncio Ensurdecedor"

O ruído habitual, de repente, como que por artes mágicas, desapareceu. Sem qualquer explicação lógica os sons simplesmente deixaram de existir.
Quando isto acontece, implicitamente, todos desconfiamos que algo aconteceu.
Hoje vivi um desses momentos. Como habitualmente, cheguei ao local de trabalho e disse os bons dias da praxe. Passado uns momentos, estranhamente, ou nem por isso, instalou-se o silêncio. Um daqueles comprometidos que não augurava nada de bom.
Fiquei na expectativa. Seria um silêncio à priori ou à posteriori?
Um presságio de algo que está prestes a acontecer, ou, pior do que isso, algo já aconteceu e ilusoriamente espera-se que, mantendo o silêncio, a situação não seja real. Pessoalmente não sei qual a pior das hipóteses.
Estava eu nesta curiosidade, um pouco mórbida confesso, tentei fazer conversa e... nada, ninguém estava disposto a quebrar a "lei da rolha". Parecíamos uma empresa de surdos-mudos. Nem os telefones tocavam, o corredor, as salas e até a rua pareciam estar todos unidos num protesto mudo, uma qualquer aliança silenciosa. Nestas ocasiões, não sei porquê, silêncio atrai silêncio e aparentemente eu era o único ser com o dom da fala. Até dentro da minha cabeça, o silêncio começava a ecoar de forma ensurdecedora.
Esta ausência de som persistiu, teimosamente, durante algumas horas.
Perto da hora de almoço, finalmente, o telemóvel tocou. Uma pessoa amiga deu-me um toque, mas quando tentei retribuir a chamada… do outro lado, uma voz informou-me: "de momento não é possível estabelecer a ligação". Nova tentativa... mais do mesmo. Um telefonema para outro número, o mesmo resultado. Novas tentativas e nada.
Seria uma conspiração contra o som?

Afinal o mistério era fácil de resolver e o silêncio "tinha" uma razão para existir.
Esqueceram-se de pagar a conta dos telemóveis!

Parafraseando um "grande sábio", o Neurónio vai quebrar o silêncio:
"É uma situação perfeitamente normal!" - Artur Jorge

7 de novembro de 2008

Figas

Se fosse supersticioso, hoje, ia fazer figas para afastar a malapata.
Não o sou, nem acredito que a sorte e o azar estejam previamente destinados.
As coincidências, por vezes, são cruéis. Capazes de tirar o mais céptico dos cépticos do sério.
Há dias que por uma qualquer razão correm mal do princípio ao fim.
Ontem foi um deles.
Como a inspiração continua escassa...
Vou "culpar a falta de sorte", e contar-vos o meu dia "azarado", foi assim:
Acordar, banho, pequeno-almoço, acender um cigarro...
Até aqui, tudo normal.
Depois...
Olhei para o relógio, 8.30h, tecnicamente estou atrasado.
E a empresa que nos vai fazer obras no prédio também (nem sequer apareceram).
Saí de casa e, antes de chegar à paragem, lá vai 1, 2, lá vão 3 autocarros.
Decidi ir tomar café e comprar tabaco. O café saiu queimado e o tabaco fiquei-me pelas intenções (o Sr. não sabia do comando para desbloquear a máquina).
Os próximos autocarros??? Esperei... esperei e... ainda estavam mais atrasados do que eu. Decidi ir a pé até ao Metro, ao caminhar… lá vem 1, olha o 2º e 3º autocarro. Reagi com um encolher de ombros, (afinal não é a primeira nem será a última vez que isto me acontece) coloquei outra música a tocar no iPod e segui caminho. Parei numa banca de jornais para comprar os cigarros, e... claro, havia de tudo excepto os que eu queria.
Entrei na estação de Metro - anormalmente a abarrotar de gente e após 10 minutos de espera, lá consegui entrar numa carruagem. A melhor forma de descrever a situação é: atrasado e enlatado. Sim, devo ter apanhado com a cidade inteira. Mudar na Baixa-Chiado - uma eternidade.
Resumindo, consegui chegar 45 minutos atrasado.
No trabalho, o computador decidiu dar o seu contributo. Primeiro com lentidão depois com bloqueios e por fim desconectando-se do mundo.
Quando fui almoçar o prato que escolhi... tinha acabado.
Para descontrair, voltei a ligar o iPod. Às 14.00h, desliguei-o e voltei ao trabalho.
Quando pensava que à tarde a coisa iria melhorar... afinal, não.
Ainda conseguiu ser pior.
A electricidade decidiu faltar. E, adivinhem... quando voltou, consegui recuperar quase todos os documentos, excepto o mais importante.
No final do dia decidi ir à bola, maldita ideia.
Cheguei atrasado, não vi a águia Vitória a voar e Benfica-Galatasaray, 0-2.
Os da minha cor não jogaram nada, assisti a um "banho turco".
Como se tudo isto ainda não fosse suficiente, quando voltei a ligar o iPod nada de som. Cheguei a casa com a intenção de o carregar, liguei o computador, os cabos e nada. O iPod tinha "morrido".
Para terminar, tinha em mente ligar a um amigo e esqueci-me completamente.
Foi um dia de anormalidades, ai se eu fosse supersticioso...
Hoje, fazia figas.

6 de novembro de 2008

Há Momentos...

Quando a inspiração não abunda,
e o computador não quer contribuir...

5 de novembro de 2008

4 de novembro de 2008

"Dia D"

Hoje é dia D nos EUA, D de todas as decisões.
Em causa está muito mais que a escolha de um novo presidente.
O resultado vai ser decisivo para as relações internacionais.
Dele depende a maneira como eles vão interagir com o resto do mundo.
Já chega de “Bushadas”!

O Neurónio espera que eles façam a escolha certa.
Aparentemente estão inclinados para isso.
Igualmente importante, muito, é a contagem dos votos.
Será que eles já os sabem contar?

3 de novembro de 2008

Obama, Obama!



As decisões do presidente dos EUA,
quer se goste ou não, têm influência no mundo inteiro.
E se o mundo pudesse votar?
O Neurónio não é simpatizante das americanices.
Mas se pudesse votar…

A escolha só poderia ser uma: Barack Obama!

31 de outubro de 2008

Samhain



Hoje, 31 de Outubro, é um dia dos diabos.
Para começar, estamos perante uma espécie de sexta 13 invertida.
Depois porque é final da semana, final de mês e...
Simultaneamente fim e início de um Novo Ano. Sim, Samhain. O mais importante de todos os festivais Celtas, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. É a noite a noite mais mágica do ano, em que revivemos o caos primordial e se inicia um novo ciclo, em que o mundo dos vivos se mistura com o dos mortos.
Nas mãos da igreja católica, por antecipação ao dia, passou a ser a vigília de todos os santos - All Hallow’s Eve (em inglês). Que de tradução em tradução ("All Hallowed Eve" e “All Hallow Een”) chegou até nós como Halloween.
Daí até dia das bruxas... perguntem aos americanos.
Mas, logo à noite, só não as veremos a "varrer" os céus porque não há lua cheia.

30 de outubro de 2008

Post Fúnebre



Como o nome indica, na origem deste post está uma ocasião triste.
Infelizmente, fui acompanhar mais um familiar à sua última morada.
Nos últimos tempos, esta viagem, está a acontecer com demasiada frequência. Entre amigos e familiares, o mundo, o meu, vai desaparecendo a um ritmo doloroso. Cada vez somos menos!
Grécia é mais um nome a juntar à lista que vai povoando a “quinta das tabuletas.

É mais um adeus definitivo.

29 de outubro de 2008

Pesquisa Prostituta


Hoje deu-me para a insanidade... ou melhor para a parvoíce pura.
Decidi investigar qual o elemento que "existe" em maior abundância na Blogosfera.
O Neurónio ou o Prostituto?
Segundo o Google:
Cerca de 231.000 para Neurónio e cerca 131.000 para Prostituto.

Apesar de tudo, é um resultado menos mau, há mais neurónios que prostitutos.
Também confirmei que os Neurónios Prostitutos são pouco abundantes.
Cerca de 1.350 para Neurónio Prostituto.

Dado que, destes, nem todos são realmente, neurónios a prostituírem-se…
(Existem prostitutos infiltrados nesta pesquisa, facto "cientificamente" comprovado por algumas pesquisas que vêm desaguar neste blog)

Resta saber se são uma espécie em vias de extinção.

28 de outubro de 2008

Alta-sociedade-cagada



"A sociedade desenvolveu demasiadas elites, todas elas exigindo frivolidades exóticas.
(…)
A nobreza é dispendiosa, não produtiva e parasita, sorvendo demasiada energia da sociedade para satisfazer as suas frívolas necessidades.
(…)
A população aumenta para assegurar produtores de comida suficientes. A própria guerra aumenta (…) porque os governantes precisam de carne para canhão.
(…)
A sua confiança nos líderes, que dantes pareciam tudo saber mas que hoje vivem obcecados por objectivos egoístas e a curto prazo, declina com a qualidade de vida. O povo torna-se descrente. A actividade ritual cessa."

Palavras retiradas do livro “O mundo sem nós” de Alan Weisman sobre o desastre ecológico, em Dos Pilos, que levou ao desaparecimento da civilização Maia.

E que bem que elas assentam na actual alta-sociedade-cagada (o chamado jet 7).

27 de outubro de 2008

Mudar o(s) Relógio(s)


Pois é, mais uma vez, a hora voltou a mudar.
E lá voltamos nós à velha discussão das vantagens/desvantagens, do porquê, se nos afecta o biorritmo…
Com mais ou menos transtornos, concordando ou não, tivemos de mudar o(s) relógio(s).
É um assunto interessante, mas o Neurónio, em vez de discutir a mudança de hora, preferia antes discutir a Hora da Mudança.


Está na hora de o mundo mudar (está a precisar).
E essa hora vem atrasada.

24 de outubro de 2008

Teoria Etílica


"Quando Galileu demonstrou que a Terra girava,
já os bêbados sabiam disso há séculos."

Uma das explicações:
“Bebo porque sou egocêntrico...
gosto quando o mundo gira à minha volta.”

É o chamado Etílicocentrismo.

23 de outubro de 2008

Etilicamente Bem Dispostos


Segundo a BBC existem nove tipos de bêbados:

O Deprimido
Características: A sua vida está em crise. Seja por dificuldades financeiras, luto ou desgosto de amor.
Motivações: O álcool surge como uma forma de se reconfortar e conseguir lidar com os problemas.
O Stressado
Características: Pressão no local de trabalho e demasiadas responsabilidades.
Motivações: O álcool é uma forma de relaxar e uma fronteira entre o pessoal e profissional.
O Social
Características: Agenda social carregada.
Motivações: O álcool é uma forma de ligação aos outros, de união.
O Conformista
Características: Pessoas "tradicionais" que acreditam que os «homens vão ao bar todas as noites».
Motivações: Beber é o seu «momento». O bar surge como uma segunda casa.
O Maria-vai-com-as-outras
Características: Bebe quando está rodeado de muitas pessoas.
Motivações: Deixa-se levar pelo ambiente do bar e pelas companhias.
O Entediado
Características: Pessoas sem vida social.
Motivações: A bebida torna-se uma companhia.
O Machão
Características: É quase sempre alguém que se sente frustrado em áreas fundamentais da sua vida.
Motivações: Tudo gira em torno da sua capacidade de beber e usa isso para afirmar a sua masculinidade.
O Hedonista
Características: Pessoas sem preocupações na vida e que só procuram o prazer.
Motivações: Usam o álcool como forma de provar a sua liberdade e independência em relação aos outros. Serve ainda para ultrapassar inibições.
O Quase Alcoólico
Características: O bar é a sua verdadeira casa. É onde estão sempre que podem.
Motivações: Quase tudo serve: tédio, depressão, cansaço, tristeza ou alegria.

Para o Neurónio a questão é "simples".

Só há um tipo de bêbado: O que bebe demais!