Já estamos no final da semana e a postagem, como já se devem ter apercebido, tem estado para lá de atrasada. Tenho andado atolado em trabalho até à ponta dos cabelos, uma verdadeira confusão, que mal dá para respirar. Pelo que tenho apenas rascunhado uns posts (publicados ou a publicar apenas quando devidamente editados e com as respectivas imagens). Mas não pensem que podem dormir na forja o Neurónio continua aqui disposto a azucrinar-vos o juízo.
Mal voltei de férias, passou pouco mais de uma semana, tudo voltou ao normal.
E não estou a falar de stress pós férias, ou qualquer coisa do género, estou mesmo a falar das pequenas grandes coisas que têm o condão de me tirar do sério.
Como esta pérola que ouvi da boca de um colega, também ele acabado de regressar de férias, "tenho aqui tanta coisa que fazer e não sei o que fazer, o meu cérebro ainda não está preparado" (a "dificuldade" era apenas e só preencher umas folhas de ponto). Apeteceu-me responder: então leva-o de volta à escola primária, pode ser que ele aprenda qualquer coisa, ou então recomendo a leitura de:
Acho que quem não está, e nunca irá estar preparado, para este tipo de situações sou eu. E, faço questão de frisar, o meu cérebro também não está preparado para aturar conversas mentecaptas. E, já agora, de acrescentar, que os meus neurónios já estão preparado para ir novamente de férias.
Infelizmente não podem, e a isso chamo: Puta da vida!
Amanhã é outro dia…
Individualmente,
os heróis de Pequim 2008 são:
Yelena Isinbayeva - A Rainha das alturas.
Vencedora do salto com vara com a espantosa marca de 5,05m.
(recorde do mundo, a fazer lembrar o fabuloso Serguei Bubka)
Michael Phelps - O Deus da água.
O Sr. oito medalhas de ouro durante o evento (a juntar a outras 6 de Atenas).
Se se acrescentar que bateu 7 recordes do mundo e 1 olímpico, está tudo dito.
Usain Bolt - The Lightning Bolt.
Vencedor dos 100m, 200m e 4x100m com estratosféricos recordes do mundo.
O fenomenal relâmpago da Jamaica correu 100m em 9,69s, 200m em 19,30s e na estafeta 4x100m contribuiu para a marca de 37,10s.
Os nomes de Phelps e Bolt,
ficarão, para sempre, escritos a ouro na história dos Jogos Olímpicos.
Para nós portugueses, os Reis dos jogos são, como não podia deixar se ser:
Nelson Évora e Vanessa Fernandes
Ele medalhado a ouro no triplo salto e ela medalha de prata no triatlo.
Caiu o pano sobre 29ª edição dos Jogos Olímpicos dos tempos modernos.
(Deixando de lado as polémicas que antecederam o evento, manifestações, questões politicas e direitos humanos, todos sabiam disso quando escolheram Pequim para palco dos jogos)
A China brindou-nos com aquela que provavelmente terá sido a melhor olimpíada de sempre.
Organização exemplar, grandiosas cerimónias de abertura e encerramento, infra-estruturas com condições fabulosas, e resultados desportivos fantásticos.
Na humilde opinião do Neurónio os grandes destaques são: A China, grande dominadora no que diz respeito às medalhas (51 de ouro); a natação, no cubo de água foram batidos 25 dos 36 recordes obtidos durante os jogos; Speedland, a velocidade dos jamaicanos (eles e elas);
E claro, as grandes figuras: Michael Phelps e Usain Bolt.
Nota: Fotos Associated Press e retiradas do site oficial dos jogos.
Devido à sua natureza, este post foi complicado de escrever.
E envolve um misto de tristeza e revolta.
Ao regressar de férias, mais uma vez, recebi a notícia da morte de um ex-colega.
De todos os colegas e ex-colegas, com quem contactei ao longo dos anos que estou na empresa onde trabalho, o Melo era o mais interessante.
Companheiro do trabalho fora de horas, das conversas diversificadas sobre livros, filmes, futebol, religião, politica, história e estórias, sobre a vida.
Era uma pessoa com quem dava gosto falar, não era fútil. A sua partida, apesar de não termos mantido o contacto, deixa um vazio, uma estranha tristeza.
A parte da revolta advém do facto de só ter recebido a noticia do seu falecimento por mero acaso e através de uma colega que se encontra de baixa.
Apesar de saberem da nossa cumplicidade os restantes colegas foram incapazes de me informar da situação (já passou quase um mês). Trabalhámos juntos, secretárias lado a lado, durante anos. Anos, não foram dias.
Se a isso juntar os lamentáveis comentários que supostamente o meu patrão fez - "Ao cabo e ao resto era um bom homem, mas só faz falta quem cá está e que esteja sem a minha companhia por muitos e bons anos" - a revolta fica completa.
Nesta mescla de sentimentos não consigo deixar de ter um daqueles pensamentos primários: dentro da infelicidade da situação ainda bem que o Melo saiu da empresa, a tempo de viver alguns anos fora deste "circo".
