30 de dezembro de 2008

Uma Volta em Redor do Sol

No final de cada ano há quem goste de fazer um Balanço de tudo o que nele se passou. Este ano, o Neurónio, decidiu fazer algo parecido - Um Baloiço.

Depois de uma espreitadela, na diagonal, ao que de importante (ou talvez não) aconteceu neste ano de 2008.

Na volta que o calhau em que vivemos deu em redor do Sol, os destaques foram:

No Mundo
Internacionalmente o ano fica marcado pela crise, desde 1929 que não se sentia nada do género, e pela eleição de Barack Obama como Presidente dos EUA.
Por todo o mundo, falências e escândalos financeiros, atingiram empresas, bancos e até países, ninguém escapou. Nunca o preço do barril de petróleo tinha estado tão elevado (quase 150,00€) e as taxas de juro atingiram níveis incomportáveis para o cidadão comum (são os benefícios da tão apregoada globalização).
Os governos tiveram de intervir para evitar males maiores.
(Não teria já sido possível fazer o mesmo em anos anteriores? Em África e na América Latina, há países que se debatem com graves problemas há largos anos.)
Como de costume o ano foi manchado por diversos atentados terroristas e desrespeito pelos direitos do homem um pouco por todo o lado.
Os irlandeses, em referendo, rejeitaram o Tratado de Lisboa e deixaram a Europa encalhada.
O Kosovo proclamou a sua independência.
Fidel Castro renunciou à presidência de Cuba.
A causa tibetana desencadeou uma onda de manifestações contra as politicas repressivas praticadas pelo governo chinês. (Quando eles voltarem a organizar outro evento importante, o mundo, hipocritamente, voltará a protestar. Até lá... “está tudo bem”).
Os russos, para mostrar ao mundo que estão vivos e que devem contar com eles, decidiram tomar uma posição de força e invadiram os territórios da Abecásia e Ossétia do Sul.
(O Neurónio “não compreende” a razão de os Estados Unidos não terem invadido a China e a Rússia, afinal eles têm armas de destruição maciça. Porque será?)
No final do ano, nas ruas de Atenas, jovens gregos amotinaram-se durante semanas e travaram violentos confrontos com as forças policiais (coisas do 1º mundo, o dito civilizado).
Entrou em funcionamento o LHC - Large Hadron Collider (o maior acelerador de partículas do mundo), alguns velhos do Restelo apelidam-na de máquina do fim do mundo.
No campo desportivo: realizaram-se os Jogos Olímpicos em Pequim (talvez a melhor edição de todos os tempos) e o Campeonato da Europa de Futebol.

Em Portugal
Cá pelo burgo, o ano começou com a entrada em vigor da nova lei anti-tabaco e o cancelamento da 30ª edição do Rali Dakar (mais um recorde do Guiness - a edição mais curta de sempre).
O governo anunciou que... afinal Alcochete não era jamais.
E, nos anais (deve ser de ânus) da história, 2008, será lembrado como o ano do Magalhães - "o super-computador", que vai resolver todos os problemas da nação.
Foi um ano de grande contestação ao governo, com milhares de professores a manifestarem, nas ruas de Lisboa, a sua indignação, e em que a greve dos camionistas provocou a ruptura de stocks de combustíveis e alimentos um pouco por todo o país.
A demissão de Luís Filipe Menezes, iniciou a novela (ainda em exibição) "PSD um partido à deriva". (Novela do género Trágico-cómico-burlesco que, todos os dias, nos lembra que: o governo é para lá de mau e a alternativa ainda é pior. Estamos fodidos!).
Para animar, as férias, 2008, teve, um mês de Agosto louco, com uma empolada onda de crimes que abriu todos os noticiários, não houve crime que escapasse. (Se o gato da vizinha roubava um peixe... as TV’s estavam lá para nos contar tudo: o tipo de peixe, se era fresco ou congelado, qual a sua origem, a forma de captura, as tendências sexuais do espécime... tudo isto acompanhado de importantíssimas entrevistas a um qualquer mirone que por um qualquer acaso, desconfio que provocado, se encontrava de serviço no local.)
Foi igualmente o ano, mais um, em que a nossa "fabulosa" selecção decidiu mostrar a sua solidariedade "deixando" a Espanha ser Campeã europeia de futebol. E em que todos ficámos orgulhos do salto, de ouro, de Nélson Évora.
Um ano em que, quase estrangulados, de tanto apertar o cinto, assistimos a guerras de poder no BCP, à nacionalização do BPN e à grave situação do BPP. (Sobre esta parte da crise financeira, só um comentário: "coitadinhos dos senhores das grandes fortunas, em 2008, só ganharam uns milhõezitos e não ganharam os milhões do costume".)

E assim baloiçou o mundo, neste ano da graça, ou desgraça, de 2008.
Dizem que "águas passadas não movem moinhos", por isso, que venha 2009.

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