25 de abril de 2008

Dia Da Liberdade



Sou pelos cravos!
E por tudo aquilo que significam,
pelos valores e conquistas de Abril.
Cravos vermelhos, Vermelho Vivo.
Vermelho cor do sangue, derramado e evitado.
Vivo de Esperança e Liberdade.
Vermelho dos sonhos e do futuro.
Vermelho das recordações, da gratidão
para com aqueles que nos libertaram do pesadelo.
Vivo na memória, nas emoções,
ainda hoje, quando escuto a voz do Zeca.
Vermelho de alerta, bem vivo.
Para lembrar, sempre.
Que a longa noite de cinzentismo,
onde vivemos mergulhados, nunca mais voltará.
Os cravos podem andar murchos,
mas jamais morrerão.
Não os deixaremos morrer!
Por mim, como quando era criança,
continuarei a cantar como a Ermelinda Duarte:



Somos livres

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela, somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Viva o 25 de Abril,
agora e sempre!

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