21 de janeiro de 2008

Bolas de Fumo



De cigarro na mão
a pensar na vida,
a procurar solução
para vê-la definida.
As ideias que junto
são como o fumo,
um nublado assunto
de difícil resumo.
Se tenho uma ideia
e a mente desperta,
comparo-a à areia
numa mão aberta.
É feita de segredos
que não sei revelar,
foge por entre os dedos
não se deixa apanhar.
Se defino o conceito,
posso estar a errar,
não sei se rejeito
o que devia considerar.
Se considero a ciência,
e a sua visão,
tomo consciência
de uma grande confusão.
Ainda recorro a Deus,
como última aposta,
mas lá dos céus
não obtenho resposta.
Sem encontrar definição,
faço bolas de fumo,
fecho uma na mão
para meu consumo.
Penso para mim,
agarrei a vida.
tão fácil, assim,
numa mão erguida.
Tenho absoluta certeza
de a ter guardada,
mas é com estranheza
que ao abri-la... nada.
Primeiro a ilusão,
depois a tristeza,
do fumo, a lição;
da vida, incerteza.

1 comentário:

Anónimo disse...

AMEI FDÇ !