3 de setembro de 2008

Escrita Directa



Tudo o que eu quero,
o que faço, o que alcanço,
o que sonho, acredito, odeio e abomino.
Tudo o que sei, o que gosto,
todas as convicções, ilusões e desilusões,
vitórias, derrotas, a indiferença,
as guerras internas, o tempo perdido.
Os pormenores, por vezes maiores que a vida,
vivida, bebida, passada, fumada, perdida…
em tudo, em nada, a carga pesada,
a leveza, vazia, azia.
O tempo, o intento… se tento, rebento.
A raiva, o momento, desalento,
desisto, resisto, luto e subsisto.
Neste mar agitado, navego,
perdido em mim, nas incertezas de…
alegrias, tristezas, na agonia da espera,
dos ponteiros hesitantes, do eu impaciente.
A sorte, os deuses, a ciência…
Tomo consciência, impotência,
simples, normal, mortal…
Senhor do meu nariz!
Com naturalidade,
tudo o que eu quero é apenas...
Ser feliz.

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