16 de junho de 2008

Se Existe é Cruel



Este não é regresso imaginado.
Para primeiro dia, de trabalho, não correu bem!
Podemos imaginar mil e um cenários, até o pior dos pesadelos, mas…
Entrar no escritório e ser confrontado com um: "sabe quem morreu?"
Na dita normalidade ninguém equaciona essa hipótese e não há uma melhor maneira de lidar com a situação. A morte, só por si é uma ocasião triste, quando atinge o nosso "quintal" leva sempre um pouco de nós.
Em concreto, aconteceu com um ex-colega de trabalho.
Vão-me ficar na memória as conversas que duravam o dobro necessário, as três despedidas antes de conseguir desligar a chamada, o reconfirmar do que estava mais que confirmado e as graçolas para desanuviar.
Apesar de ter nascido em 1941 ainda tinha vitalidade para dar e vender. Era alguém que, apesar de todos os problemas, conseguia sempre manter a boa disposição e um sorriso nos lábios.
Na passada semana, em casa, reformado de fresco (cerca de um mês), caiu fulminado por um ataque cardíaco. Todos temos de partir um dia, é a lei da vida. Partir de forma súbita e cruel, não é justo.
Sim, continuem a acreditar e a dizer maravilhas desse ser fantástico, benevolente e blá, blá, blá... Deus? Cuidado, pode acontecer-vos amanhã.
As injustiças acontecem apenas porque o grande criador deve andar distraído, mal disposto ou simplesmente gosta de brincar com as nossas vidas.

O Sr. Raimundo não merecia um final assim!

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