4 de fevereiro de 2008

Carnaval


Como já se devem ter apercebido não gosto de "máscaras".
E neste momento a celebração do Carnaval não me diz nada.
Não sei se por causa do que ele se tornou ou simples falta de paciência
O que é certo é que há muito tempo que não brinco ao Carnaval.
Apesar de tudo isso, até acho que, é uma altura engraçada e com algum sentido.
A sua celebração é, um período de excessos, uma altura de libertação do corpo e da mente, a oportunidade de virar o mundo do avesso, desrespeitar regras, subverter a ordem estabelecida sem que haja castigos ou consequências.
No Carnaval ninguém leva a mal!
Gosto do verdadeiro, à boa maneira portuguesa, do espírito satírico dos desfiles, com crítica a governos e governantes, das fantasias trocistas e irónicas usadas nos festejos (atenção, nada de trajes pré-frabicados).
Sambices importadas? Não! Cada um com o que é genuinamente seu.
Samba, tudo muito bem e bonito.
Mas do outro lado do atlântico se fazem favor. É lá o lugar dele.
Infelizmente, o Carnaval actual, salvo raras excepções, tornou-se numa coisa triste e desprovida de sentido. Que em vez de dignificar e promover as nossas tradições. É cada vez mais, massificado e capitalista, um negócio de fantasias com fatos e caraças made in China, com desfiles de escolas de samba made in "Baixa da Banheira". Numa só palavra - Ridículo!
No Carnaval ninguém leva a mal?
Isso era antigamente. Devolvam-me o Entrudo.
Ou então tenho de levar a mal a falta de bom gosto e bom senso.
O nosso Carnaval está a precisar de Restaurador Olex, e urgente.

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