4 de dezembro de 2007

Desabafo

Lamento, começar por um lamento.
Mas lamentavelmente, hoje terça-feira, dia 4 de Dezembro do ano da graça de 2007.
Não tenho razões para sequer soltar um sorriso. Quanto muito, um amarelo. Porque graça é um antónimo do meu estado de espírito.
(A vida não está fácil e, “filhos da puta” nascidos de cu virado para a lua, à parte, não poupa ninguém. É o eterno, fazes contas e descontas e… no final sobra mês ao fim do ordenado.)
Digo-vos o seguinte: Feliz daquele que nasce com os neurónios fundidos.
Por muito que não queira, e acreditem que não quero, estou tentado a render-me ao “Status Quo” vigente. A culpa deve ser dessa coisa que apelidam de crise.
Crise para o Neurónio é falta de ideias, usar e abusar de pensamentos em 2ª mão.
Mas coisa está tão mal, que a dita me atingiu.
(E não estou a falar da económica, essa é óbvia e inevitável.)
O Neurónio tem um compromisso com ele mesmo – recusar-se a ser “medíocre”, não seguir o rebanho só por seguir.
Abro novamente parêntesis, tinha de os abrir. (O Neurónio não se julga, não é, e não tem pretensões a ser melhor do que ninguém.)
É tudo uma questão de equilíbrio e sanidade mental.
Estou até tentado a…
concluir que: pensar demais faz mal.
Ai a inveja que eu sinto (isto passa) daqueles que aceitam as “verdades” impingidas; de me conseguir render às ideias fáceis; de não criar ondas onde os outros vêem um mar calmo; de adormecer a pensar no enredo de uma qualquer novela da TVI; de ser feliz só porque o Benfica ganhou.
Se a maioria consegue, porque não eu?
“Se não os podes vencer junta-te a eles.”
Afinal, vivemos no mundo das aparências, do mais vale parecê-lo que sê-lo.
Mas não. Tinha de optar pela via complicada.
Ai se eu pudesse levar os neurónios ao cabeleireiro…
Máquina zero!

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