28 de novembro de 2007

Discussão Silenciosa

Imaginem uma discussão...
Várias pessoas, entre elas uma que permanece silenciosa.

Duas hipóteses se colocam de imediato:
- Não tem nada para dizer;
- Opinião tão à frente, que o melhor é não abrir a boca.

Ao contrário dos papagaios opinativos, “experts” em todos e quaisquer assuntos, aquele que permanece em silêncio revela prudência. E numa discussão, alguém calado é potencialmente perigoso.

O silêncio é repleto de sabedoria ou ignorância.
O “ignorante”, à cautela, retira-se da discussão, por receio de soltar uma daquelas explicações anedóticas, candidata a entrar nos compêndios das gafes. Correndo até o risco de esta se tornar frase da moda.
O “sábio”, pelo contrário, no silêncio estuda os adversários, esperando unicamente pelo momento certo. Para, assim que abrir a boca, desferir um golpe fatal com os seus argumentos irrefutáveis.
Por norma as grandes cabeças só são reconhecidas à posteriori.
São os engraçadinhos que fazem as modas.
Estas, felizmente, são passageiras.
O saber é eterno.
Sócrates (não o nosso) não escreveu uma linha que fosse mas é universal.
"Só sei que nada sei."
E, para não errar, mais não digo.

Sem comentários: