12 de setembro de 2007

A Preguiça

A preguiça é a mola impulsionadora do mundo!

Se o homem não fosse preguiçoso por natureza, não se dava ao trabalho de inventar formas de simplificar as tarefas.
Se não tivéssemos inventado a roda ainda andávamos a transportar pesos às costas.
Podem dizer que a evolução se deu devido à curiosidade, inteligência ou até à sorte, que a inércia não leva a lado nenhum.
É verdade, sem uma reacção de qualquer tipo estaríamos condenados.
Mas, não se trata de não fazer nada, estamos a falar de preguiça.
Temos de fazer, sim! Não o fazemos de boa vontade e com um sorriso nos lábios. Gostaríamos mais de estar noutro local e a fazer coisas mais interessantes.
No Sec. XXI, como no passado, o homem continua à procura da fórmula mágica para alcançar o bem-estar.
A busca pelo mais rápido, mais cómodo, mais económico, é um mais que na prática é menos. Menos esforço, menos tempo, menos chatices.
Em suma somos uns bichos preguiçosos.
No passado, o fogo, a roda, arco e flecha foram importantíssimos.
No nosso tempo, sem sequer falar de invenções geniais, coisas tão banais como clips, post-it, uma tesoura ou uma caneta, ilustram bem o que estou a dizer.
Todas as coisas que inventamos, até aquelas a que não damos a devida importância, visam o mesmo objectivo - fazer o mínimo possível.
Alguém abdica das suas férias e/ou fins-de-semana?
Se não gostássemos do nosso descanso, não ocuparíamos a massa cinzenta a tentar arranjar maneira de obter mais tempo de inactividade.
Sem os momentos de preguiça, andaríamos tão ocupados que talvez nem tivéssemos tempo para inventar nada.
Tempo de “sobra” é tempo para ir mais além.

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