Post Instantâneo

Hoje estava programado um outro post.
Em vez disso vamos ter um post instantâneo.
Nem é preciso juntar água.
Correndo o risco de estragar futuras postagens, o Neurónio tem na manga, sobre o assunto, aquilo que apelida de post de fundo (mais estruturado e pensado).

Já sabia que trabalhava numa espécie de zoo ou de manicómio, hoje descobri que, afinal trabalho num circo. O circo das Vaidades.
O maior espectáculo do mundo. Desculpem, o mais decadente.
Só temos palhaços, mas todos pensam, ou têm pretensões a, ser outra coisa.

- O apresentador e dono do circo (o palhaço mor), foi dormir a sesta (já é costume) e como sabem não se deve acordar as belas adormecidas.
- O malabarista e o ilusionista (sempre na palhaçada), andam ocupados à procura de novos números. Ainda não encontraram nenhum mas continuam à procura.
- O elefante (palhaço por natureza, devido às proporções), desapareceu por artes mágicas. Explicação? Zero! Devia estar a dar graxa ao cágado.
- Os restantes animais (esses pobres palhaços), nem se apercebem, estão nas suas jaulas e limitam-se a receber a ração mínima.

Quando o tambor rufou, restavam a contorcionista e o palhaço.
- O palhaço (o que veste o fato) já estava ocupado a fazer o seu número.
- A contorcionista (palhaça disfarçada) a pintar as unhas ou a coçar qualquer coisa.

Quando a contorcionista se lembrou que era necessário ir comprar comida para os ursos, de imediato tentou que fosse o palhaço a tratar do assunto.
O palhaço farto de tanta palhaçada, fingiu que não era nada com ele.
Vestiu o fato de palhaço parvo e continuou o seu número.
Representando, agora, não para o público mas para seu gozo pessoal.
Como não havia ninguém disponível e os ursos têm de ser alimentados, a “pobre” contorcionista teve de, ela mesmo, tratar do assunto.
Apesar de ser da sua responsabilidade, ficou danada.
“Coitadinha”, após tanto tempo a trabalhar no circo e ainda não percebeu.

No circo um artista tem de saber fazer de tudo um pouco.

Mas sabem como é: The show must go on